Os talibãs anunciaram nesta quarta-feira (14) que abandonaram a cidade de Kunduz, duas semanas depois da conquista da cidade com uma ofensiva relâmpago, sua maior vitória militar desde 2001.
Os insurgentes controlaram Kunduz, a grande cidade do norte do Afeganistão e a quinta mais populosa do país, durante poucos dias.
O anúncio da retirada de Kunduz aconteceu depois de uma nova ofensiva na segunda-feira dos talibãs contra outra capital provincial, Ghazni, que conseguiu impedir os ataques.
Os talibãs anunciaram em seu site um "recuo tático, para reforçar as linhas de defesa e preservar as forças para futuras operações".
A queda de Kunduz em 28 de setembro foi um espetacular e doloroso fracasso para as tropas afegãs formadas pelos ocidentais em seu primeiro confronto direto com os talibãs desde o fim da missão de combate da Otan, em dezembro de 2014.
A batalha de Kunduz marca, talvez, o início de uma nova estratégia dos talibãs para reforçar suas posições na região norte do país e nas cidades, além de seus redutos rurais do sul.
Na segunda-feira, quase 2.000 combatentes talibãs iniciaram um ataque contra a cidade de Ghazni, capital da região de mesmo nome, o que provocou violentos combates.
Na semana passada, os talibãs cercaram a cidade de Maimana, capital da província de Faryab.
Nos dois casos, os talibãs foram repelidos, mas as ofensivas evidenciaram a capacidade militar dos insurgentes islamitas para atacar os grandes centros urbanos.