Centenas de palestinos protestaram nesta quarta-feira (14) durante o funeral de um palestino de 27 anos que foi morto em um confronto com a polícia em Belém na terça-feira (13), segundo a Reuters.
Imagens mostram palestinos que lançam pedras nas forças de segurança israelenses, que reagem jogando bombas de gás lacrimogêneo.
O cortejo com o corpo de Mutaz Zawahreh passou por várias ruas estreitas da cidade. Bandeiras de vários grupos podiam ser vistas.
Palestinos lançaram uma greve geral após a morte de Zawahreh, de acordo com a mídia palestina.
A tensão aumentou na região devido ao aumento no controle do acesso a ao complexo onde fica o Muro das Lamentações a mesquita de al-Aqsa, um local em Jerusalém Oriental considerado sagrado por judeus e muçulmanos. Palestinos temem que Israel mude o acesso atual à mesquita, onde judeus podem visitar mas não podem rezar, algo que Israel diz que não pretende fazer.
Israel começou a instalar nesta quarta postos de controle nos acessos aos bairros palestinos de Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade anexada e ocupada por Israel. Medida foi tomada primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, após o dia mais violento desde o início da atual onda de violência entre palestinos e israelenses em 1º de outubro.
Na terça-feira, três israelenses morreram. Dois morreram e 10 ficaram feridos em Jerusalém Oriental quando duas pessoas atacaram um ônibus. Poucos minutos depois, um homem avançou com um carro contra um ponto de ônibus em um bairro ultraortodoxo de Jerusalém Ocidental: uma pessoa morreu e oito ficaram feridas.
Os três agressores eram procedentes de Jerusalém Oriental, assim como a maioria dos autores dos ataques recentes com facas que espalharam o pânico no país.
O gabinete de segurança do primeiro-ministro também decidiu "autorizar a polícia a fechar ou impor um toque de recolher nos bairros de Jerusalém em caso de confrontos ou incitações à violência", segundo o comunicado.
A instalação de postos de controle em Jerusalém Oriental já foi adotada no passado e provocou a revolta dos palestinos, já que a medida dificulta a vida cotidiana, como por exemplo a viagem das crianças até a escola.