O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, declarou nesta quarta-feira (14) que o Reino Unido deveria conceder um salvo-conduto ao criador do WikiLeaks, Julian Assange, para que possa sair da embaixada equatoriana em Londres na qual está asilado há três anos.
"O que o Reino Unido deveria fazer é nos dar o salvo-conduto para que Julian Assange desfrute do asilo que concedemos, como corresponde a uma relação respeitosa em nível internacional", disse o diplomata ao canal estatal Gama.
Assange, que recebeu asilo do Equador e é exigido como suspeito de vários crimes sexuais na Suécia, está refugiado desde junho de 2012 na legação equatoriana em Londres.
O australiano teme que, uma vez na Suécia, seja extraditado aos Estados Unidos pela publicação de centenas de milhares de documentos confidenciais do governo americano através do WikiLeaks.
Na segunda-feira, a polícia britânica abandonou a vigilância constante da embaixada dos últimos três anos, mas mantém sua intenção de deter Assange se ele deixar o local.
Vigilância constante
O fundador do WikiLeaks "não tem nenhuma razão para fazer coisas irregulares. De tal forma que não tinha por que a polícia britânica gastar tanto dinheiro para ter um monte de policiais, de veículos fora da embaixada", indicou Patiño.
"Em boa hora para que o Reino Unido não gaste seu dinheiro desnecessariamente", acrescentou o ministro em alusão à saída da polícia.
O preço da vigilância constante foi até agora de 12,6 milhões de libras (19,3% milhões de dólares) e 17 milhões de euros), segundo o WikiLeaks.
A Suécia espera concretizar até o fim do ano um acordo judicial de cooperação com o Equador, que permitiria que a justiça sueca interrogue Assange na embaixada equatoriana.