“Nunca seria capaz de chegar ao meu destino sem meu smartphone”, diz o imigrante sírio Osama Aljasem ao jornal “The New York Times”. Em Belgrado, na Sérvia, Aljasem é um exemplo de como a tecnologia tem ajudado milhares de imigrantes a cruzarem as fronteiras.
Relatar em tempo real a viagem, comunicar prisões e a presença de militares nas fronteiras são apenas alguns dos usos que fazem do celular um artigo essencial para os imigrantes do Oriente Médio e da África que querem chegar à Europa.
No Facebook, páginas e grupos em árabe são destinadas para sírios e iraquianos que desejam emigrar clandestinamente. Informações sobre como cruzar fronteiras, relatos de quem chegou do outro lado e até anúncio de traficantes de pessoas são as postagens mais comuns.
Em um grupo sobre imigração ilegal para a Europa no Facebook, por exemplo, são oferecidas viagens com 50% de desconto para crianças de até 5 anos irem da Turquia para a Grécia. A "passagem" de U$ 1.900 incluía transporte de carro e uma caminhada de duas horas.